quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco - 19 de janeiro


A Igreja comemora hoje São Mário, Santa Marta, Santo Audifax e Santo Ábaco, que sairam da Pérsia e vieram em peregrinação até Roma, para rezar no túmulo dos mártires.
Apesar de poucos documentos que comprovem a história desses santos, ainda hoje todo o mundo festeja a prova de fé dada por esta família.
Há quem afirme que São Mário e Santa Marta eram casados, e Audifax e Ábaco, seus filhos. Não temos nada que possa comprovar historicamente.
Durante esta viagem São Mário ajudou várias famílias cristãs, dando sepultura digna aos seus entes queridos mortos pelas perseguições. Foram mais de 260 mártires, cujos corpos jaziam insepultos.
Foram apanhados pelos soldados do imperador Cláudio II enquanto cumpriam este dever cristão.



Os mártires diante do Imperador

Presos, recusaram-se a oferecer sacrifícios aos deuses pagãos e não renunciaram à fé cristã.
São Mário, Audifax e Ábaco foram martirizados e mortos na via Cornélia, e os corpos incinerados para que nenhum fiel pudesse recolher seus restos mortais e celebrar sua memória. Já Santa Marta foi condenada à morte por afogamento.
Hoje, no local do ocorrido, ainda existem as ruínas de uma antiga igreja, construída para reverenciar os quatro Santos.


MARTÍRIO DOS SANTOS

MAIS DETALHES:

Na metade do século terceiro, em 251, houve um novo reflorescer de toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente, inclusive o papa Cornélio pôde presidir um sínodo de sessenta bispos.
Entre 268 e 270, o imperador era Cláudio II, que não decretou oficialmente nenhuma perseguição ao cristianismo.
Entretanto, na maioria dos antigos calendários litúrgicos foram fixados, ao longo desses dois anos, os martírios de Mário, Marta, Audifax, Ábaco e do sacerdote Valentim.
Este último, morto porque continuava unindo os casais em matrimonio, contrariando o decreto do imperador.
Os cinco testemunhos foram narrados cerca de um século depois dos fatos, de maneira que se confundiram entre si e a presença do padre Valentim serviu para reforçar ainda mais esta antiga tradição.
Ela conta que Mário, Marta, Audifax e Ábaco vieram em peregrinação da Pérsia até Roma, para venerar os túmulos dos apóstolos, Pedro e Paulo.
Nos arredores da cidade acabaram ajudando um sacerdote, Valentim, a enterrar os corpos de duzentos e sessenta mártires, que jaziam decapitados e abandonados ao lado de uma estrada. Eles foram flagrados no cemitério, em Salária e presos.


A partir deste ponto a tradição passou a citar, Mário e Marta como um possível casal, qualificando Aldifax e Ábaco como seus filhos ou irmãos de Mário.
A dúvida sobre se eram ou não um casal, vem do forte carisma do sacerdote Valentim, já existente neste século, cuja veneração se fortaleceu tanto alcançando o terceiro milênio e atingindo todos os recantos do mundo.
Todos morreram, mas não renegaram a fé e se recusaram a prestar culto ao imperador.
Os homens foram decapitados na Via Cornélia.
Primeiro Mário, seguido por Aldifax e Ábaco, exceto o sacerdote Valentim, martirizado quase um mês depois.


Santa Marta foi condenada à morte por afogamento.

Marta, mesmo informando que ainda não havia recebido o batismo, também morreu, afogada num poço há treze milhas fora dos muros de Roma.


Os corpos dos Santos, segundo algumas histórias, foram incinerados para que nenhum fiel pudesse recolher seus restos mortais e celebrar sua memória. No entanto, sabe-se que algumas partes foram sepultadas.

Mais tarde, uma cristã conseguiu levar seus corpos para um túmulo situado em seu terreno, na própria Via Cornélia.
Nesse local, na propriedade de Boccea, surgiu uma igreja, cujas ruínas existem ainda hoje.
Treze séculos depois, em 1590, os corpos foram descobertos e as relíquias guardadas em igrejas da Itália e Alemanha.


A grande difusão do nome Mário vem precisamente deste santo.
No antigo idioma céltico ele é o sinônimo de macho, mas popularmente se diz que é considerado o masculino de Maria.
Mais um motivo da devoção do primeiro dos mártires da via Cornélia ter mantido sua presença, de forma constante e tenaz, em todos os calendários litúrgicos da Igreja, até os nossos dias.


Flagelação dos mártires


MARTÍRIO DOS SANTOS


Oração:

Escutai, Senhor,
as preces que em nome de vossos Santos vos dirigimos;
e dignai-vos conceder-nos a paz neste mundo
e a graça de alcançar a vida eterna no outro.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém



http://santossanctorum.blogspot.com.br/2014/01/sao-mario-santa-marta-santo-audiface-e.html

Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco

Mártires (+270
Dificilmente alguém associaria um nome tão corrente quanto o de Mário à memória desse pai de família. Tratava-se de um nobre persa conduzido a Roma para visitar o sepulcro do apóstolo Pedro. Assim que chegou, vendo-se em meio a uma sangrenta perseguição (a do imperador Cláudio), consagrou-se, juntamente com a esposa, Marta, e os filhos, Audíface e Ábaco, à piedosa tarefa de sepultar os cristãos martirizados.
As vicissitudes dessa intrépida família – que, por fim, também pagou com a palma do martírio esse gesto de caridade – não sensibilizaram os revisores do calendário litúrgico, que, em 1960, suprimiram-lhe o culto. Não, porém, a devoção e muito menos o indelével nome de Mário. De qualquer modo, os que trazem esse nome preferem associá-lo ao de Maria, cuja festividade se comemora a 12 de setembro.
Assim, toda a família de Mário foi detida com base na simples acusação de ser cristã. E, embora não sendo – segundo parece – cidadãos romanos, três deles tiveram o privilégio (se assim se pode dizer) de ser decapitados. Marta, por outro lado, foi lançada ao Tibre, morrendo afogada. Encarregaram-se os demais irmãos cristãos de recompor seus restos mortais e sepultá-los no cemitério romano chamado Ad Nymphas.
Enquanto seus nomes e a data do sepultamento são dados como certos, a Passio [Paixão] (que relata seu martírio) remonta ao século VI, revelando notáveis analogias com a Passio [Paixão] de são Valentim – mártir venerado na via Flamínia. Nela se lê que os quatro cristãos, levados à presença do prefeito Flaviano, foram instados em vão a oferecer sacrifício aos deuses.
Era o que exigia o imperador Décio: quando se suspeitava que alguém era cristão, impunha-se-lhe um ato de adesão ao culto dos gentios, adorando a estátua do imperador ou queimando incenso diante de um ídolo. A recusa implicava a pena de morte.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/pt-br/?system=santo&id=990

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